História |
Empoleirada sobre as margens montanhosas e alcantiladas do rio Douro, surge como uma sentinela atenta, observando, do outro lado do rio, a vizinha província espanhola de Castela e Leão, a cidade de Miranda do Douro. Reconquistada pelos Lusitanos, a cidade foi reconstruída e fortificada em 1136 pelo rei D. Afonso Henriques, dada a sua importância estratégica e militar, concedendo-lhe foral com muitos privilégios, um dos quais o de ser "couto do reino" ou de "homisIados", com a finalidade de atrair novos povoadores. A 18 de Dezembro de 1286, o Rei D. Dinis,concede novo Foral a Miranda elevando-a a Vila, demarcando o termo do seu concelho, separando-o do Julgado de Algoso, amuralhando-a e acastelando-a. Nesse mesmo ano e por carta de 10 de Julho, o rei honrou a vila com a Categoria de cidade, acrescentando-lhe novos privilégios e foros. Decorria o ano 1762, durante a Guerra dos 7 anos ou guerra do Mirandum, nas guerras que opunham Espanha e França contra Inglaterra, Miranda é invadida novamente pelos Espanhóis, depois de Portugal ter recusado renunciar a sua amizade com a Inglaterra. Será nesta guerra do Mirandum, mais propriamente no fatídico 8 de Maio de 1762, quando Miranda estava completamente cercada, se dá uma ainda hoje não esclarecida, explosão no Paiol da sua Praça (onde se armazenavam cerca de 1500 arrobas de pólvora), provocando a hecatombe. A importância de Miranda decaí, caindo numa profunda tristeza durante cerca de dois séculos, da qual só sairia em 1956 com o inicio das obras da Barragem hidroeléctrica, aumentando a população, relançando a conomia local, abrindo assim novos horizontes de desenvolvimento, e permitindo a comunicação por via terrestre com Espanha. Miranda é hoje uma cidade em franco desenvolvimento, cheia de encanto, de tradições, e de gentes humildes que sempre souberam preservar a sua identidade. |